Manifesto
PELA REATIVAÇÃO DA ECONOMIA GAÚCHA
As entidades signatárias deste manifesto – plenamente engajadas nas recomendações relativas à Covid-19 – manifestam sua preocupação com a ameaça de desabastecimento que poderá ocorrer caso se prolonguem, além de um limite razoável, as proibições de atividades empresariais.
Nas exceções a segmentos industriais e comerciais, por exemplo, os municípios não estão levando em conta as cadeias de fornecedores que, mesmo fora da área de saúde e alimentar, são essenciais para que o produto final exista, em uma cadeia que não pode ter nenhum elo quebrado. De nada adianta a agricultura produzir se o produto “in natura” ou industrializado não chegar ao consumidor.
No curto prazo, corremos o risco da falta generalizada de produtos, desde o campo até as lojas. Assim, o sacrifício será de toda a população. Ainda há tempo de evitarmos o empobrecimento abrupto e irreversível da sociedade.
A proposta que apresentamos nesse momento difícil é o retorno gradativo das atividades econômicas, permitindo que as empresas – atendendo as recomendações de saúde, como o teletrabalho dos grupos de risco, o distanciamento entre pessoas, etc., firmando protocolos de contingência – possam operar com 50% de pessoal nas suas atividades a partir do dia 1º de abril, e retomando a 100% em 6 de abril quando o isolamento horizontal já terá cumprido 16 dias.
Entendemos que o bom senso deve prevalecer nesse momento atípico que enfrentamos, sem aprofundar ainda mais os problemas sociais decorrentes de um colapso econômico.
Porto Alegre, 26 de março de 2020.
FARSUL FECOMÉRCIO FIERGS