Realizado de 01 a 10 de setembro de 2023, o Festival Internacional de Folclore Mundo em Dança, de Espumoso percorre municípios da região levando a cultura internacional para o público e neste ano também para alunos de escolas, que puderam vivenciar de perto a cultura especialmente do povo latino, residentes em países da América do Sul e Central, como Panamá, Costa Rica, Equador, Colômbia, Chile e Argentina.
Conforme explica o Coordenador do Festival, Rogério Dambrós, o evento não possui Lei de Incentivo à Cultura, o que tentará mudar para 2024, pois estes recursos fariam toda a diferença estrutural do evento, que em suas edições conta com apoio do Poder Público Municipal, em alguns aspectos, patrocínios do comércio local, que tem o valor investido revertido em ingressos, e a força de vontade de mais de 40 voluntários que trabalham por amor à arte e por empenho em receber as comunidades de outros países que estão no festival.
Mas diante de tudo, baseado neste ano, Rogério Dambrós entendeu que o Festival deverá ser transferido para outubro ou novembro, meses mais quentes, o que facilita para os visitantes e também não confrontantes com períodos como Semana da Pátria e Festejos Farroupilhas, ficando o festival num período mais exclusivo.
Outro objetivo é trabalhar para a conquista da aprovação do projeto junto ao Conselho Estadual de Cultura para que seja possível a captação de recursos a partir da Lei de Incentivo, o que possibilitaria em 2024 levar o Festival para o parque municipal de eventos, com estrutura para os artistas e para o público.
Feliz com a vinda dos países, que sempre atendem ao seu pedido, Rogério Dambrós também expressou de certa forma, um sentimento de tristeza pelo baixo número de pessoas que foram nas duas noites de festival em Espumoso ao auditório da Casa de Cultura. Explica que a cultura ainda é um tabu no município.
“Essas pessoas viajaram milhares de quilômetros de seus países para virem para Espumoso mostrar a sua arte, a sua cultura, dividir com Espumoso e região conhecimento, ficaram alojados em um acampamento, pois não temos condições ainda de colocá-los em hotéis na região, felizes e gratos pela oportunidade, tudo o que eles esperam nessas oportunidades, é a valorização do público e o pagamento com aplausos. Uma casa cheia, sempre é o melhor presente, mas infelizmente, nesse quesito, ficamos devendo para os países visitantes, que mesmo assim deram um show de profissionalismo e amor ao seu País de origem e respeito pelo Brasil”, disse.