Confesso que iniciei janeiro entusiasmado e certo de que teríamos um ano muito bom. Apesar da estiagem que vinha ocorrendo, ela ainda se estendeu e deu início ao processo de preocupação. Fontes de água secando, agricultores já acumulando prejuízos, enfim, a seca parecia estar sendo mais longo do que prevíamos. Mas ainda assim, a ideia era de um ano bom.
Aí fomos acometidos dos anúncios sobre a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), que estávamos acompanhando , mas é preciso dizer que ninguém esperava que o vírus chegasse ao Brasil e causasse o estrago que fez e está fazendo. Pois bem, 15 dias iniciais escondidos dentro de casa, comércios fechados, apenas essenciais para abastecimento de comida, remédios e combustíveis aberto e de metade de março para frente, é só o que se fala. Covid-19.
Desencontros políticos de toda a monta, queda de ministros, politicagem em torno da doença, indefinições entre os próprios profissionais da saúde, discordâncias com a Organização Mundial da Saúde, políticos com o discurso de salvar vidas, decretos de calamidade, e os gastos sem licitação, malandros aproveitando a pandemia para tirar vantagem e lucrar com a desgraça alheia, enfim, o que virou esse Brasil?
Não bastasse a malandragem política com as compras e contratações sem licitação por conta dos decretos da pandemia, chega o auxílio emergencial, e milhões de pessoas conseguem fazer o papelão da história. Os mesmos que ora criticam políticos por corrupção são os que pedem auxílio emergencial sem precisar do mesmo, apenas para gastá-lo com futilidades, enquanto muitos esperando para comprar comida.
Aqui no sul, especialmente Rio Grande do Sul e em nossa região, não bastasse tudo o que já estávamos passando, com caos na saúde por conta da pandemia, caos econômico, também por causa da pandemia e inicialmente a estiagem, chegou a chuva tão esperada, porém, além do necessário, e as enchentes deixam milhares sem comida, sem teto, sem roupas em pleno inverno, um desespero total para municípios que já tinham problemas demasiados.
Senhores, que ano é este? O tão esperado 2020, virou pesadelo e não vimos a hora dele passar, como todo ano temos, a esperança do um ano melhor e olha que ainda temos quase seis meses pela frente até que o 2020 termine e ainda teremos eleições municipais logo aí na frente para completar a folia. Que ano é esse senhores?
Mas de todo o sofrimento, sempre é preciso tirar alguma coisa de positivo no meio de tudo isso, e arrisco dizer que foi um ano especial para se praticar a solidariedade, um ano em que estender a mão ao próximo será praticado em sua máxima.
Um ano difícil para todos, mas também de aprendizados, de conhecer novas ferramentar e formas de conviver que mesmo depois da pandemia ainda será aplicado. 2020 será um ano para reflexão e tirar dele crescimento intelectual e espiritual. Fiquem bem!