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Técnicos do Escritório da Emater vistoriam lavouras atingidas pela estiagem em Guaporé

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A situação é desesperadora para a grande maioria dos produtores rurais do Rio Grande do Sul. A irregularidade nas chuvas desde o mês de novembro de 2019 e que se arrasta até a primeira quinzena do mês de março 2020 prejudicou o plantio e principalmente a colheita das mais diversas culturas. As perdas na produtividade giram em torno de 35% a 50% na média geral. Porém, há agricultores que registraram quebra de safra, em especial de milho (grão e silagem), soja e uva que alcançaram 70%, 80% e até 90%. Os prejuízos financeiros estão sendo calculados pelos técnicos do Escritório da Emater/Ascar-RS que estão realizando diariamente vistoria nas propriedades.
Conforme dados extraoficiais, as perdas nas lavouras de Guaporé devem ficar em torno de 50%. A safra do milho (grão e silagem) foi a mais prejudicada, seguida da soja e uva. Porém, a qualidade dos grãos de uva superou as expectativas ficando em torno de 14 a 15 graus. Bom para a produção de vinho e sucos. Com a quebra nas culturas, a alimentação dos animais, em especial das vacas leiteiras, também está aquém da necessidade. Com isso, a produção de leite (litro por vaca) está 20% menor.
“Estamos realizando as vistorias nas propriedades rurais para que possamos apresentar uma situação fidedigna das perdas nas culturas do milho, soja e uva. Os prejuízos devem passar dos R$ 20 milhões. É dinheiro que irá deixar de circular na cidade, fazendo a economia girar”, destacou o extensionista da Emater/Ascar-RS, Tiago Figueiredo.
Conforme o extensionista, a produtividade em algumas lavouras ficou a contento diante de toda a situação. Produtores, no caso da soja, chegaram a colher até 120 sacas por hectare. A expectativa era colher em torno de 145. No milho, agricultores colheram em torno de 80 sacas/ha.
“A produtividade é muito variável, por diversos motivos. Um dos detalhes é o cuidado do manejo, tipo de solo, semente, época de plantio e a quantidade de chuvas registradas em janeiro e fevereiro. Em algumas comunidades choveu muito e outras praticamente nada numa distância, em linha reta, de três quilômetros. Todos sofreram perdas nas mais diversas culturas. Para se ter uma ideia, vistoriamos lavouras com perdas mínimas, como também algumas com produtividade de 10 sacas por hectare. Infelizmente a situação é muito mais complicada do que imaginamos”.
Além das perdas nas lavouras, agricultores estão sofrendo com a falta de água para os animais. A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil, sob responsabilidade de Rafael Piseti, apoio das secretarias municipais de Obras e Agricultura, e colaboração da Corsan, tem distribuído água com o “viniliq” pipa (reservatório de água com grande benefício para áreas de pouca disponibilidade ou uso emergencial).
“É uma situação complicada e que monitoramos há meses. Estamos diariamente auxiliando os agricultores. Distribuímos água em aproximadamente 50 propriedades rurais, bem como, as máquinas do Poder Executivo estão colaborando na construção de cisternas e na melhoria da vazão (quantidade de água) das nascentes”, disse Piseti.
Com as reais perdas nas lavouras e as dificuldades enfrentadas de água potável na zona rural, Emater e Defesa Civil devem encaminhar à Administração Municipal os relatórios das análises e o pedido para que haja a decretação de situação de emergência.
“Os prognósticos colocam que a situação irá se prolongar. Atuamos com responsabilidade e precisamos estar com dados concretos em mãos para não corrermos o risco de decretar situação de emergência e depois essa não ser homologada pelos Governos Estadual e Federal. Somos sabedores das dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais, mas temos que ter cautela. A estiagem está castigando e com base nos números de perdas nas lavouras e a falta de água nas propriedades, acreditamos que o decreto deva ser efetivado ao longo da semana”, afirmou Piseti.
Figueiredo e Piseti salientaram que não há necessidade de estar com o decreto de “Situação de Emergência” oficializado para que os produtores rurais possam acionar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro).

Fonte: Rádio Aurora 107.1 FM

Andressa de Oliveira

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